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quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O que é Mito ou Verdade no dom mediúnico







Parei um pouco de escrever no blog por falta de tempo e inspiração. A inspiração sempre vem nos lugares menos inusitados. O problema é me isolar para escrever e obter as comunicações mediúnicas. Exige tempo, disciplina, mente serena ou pelo menos mais ou menos equilibrada para se conseguir uma boa comunicação. Médium é instrumento. Não adianta o pianista ser talentoso se o piano estiver desafinado e estragado. 

Eu costumo sentir a presença de espíritos geralmente quando estou fazendo atividades caseiras como:

Na beira da pia enquanto louça-talvez por conta da água correndo  consigo me desligar e muitas ideias vem à minha cabeça. Histórias inteiras com início, meio e fim. Só que a mediunidade precisa de disciplina, organização e método. No entanto, estamos na Terra e às vezes somos absorvidos pelos problemas terrenos. Aborrecimentos, preocupações, o dia a dia podem demover o médium das suas obrigações. E fica muito complicado para seu guia espiritual manter contato. A culpa é minha se eu não escrevo mais. Só minha. No entanto, estou lutando para combater algo que já nasceu comigo: fazer muitas coisas ao mesmo tempo. 
   
      Enquanto lavo roupa: quando estou lavando roupa na mão (na máquina não vem intuição-rs) aparecem espíritos para conversar, mas é difícil.

     Quando ouço música relaxante: vejo e sinto espíritos desencarnados, cenas e histórias também. Tenho que separar o que é da minha própria criação imaginativa e o que é fruto dos espíritos desencarnados.

      No terreiro de Umbanda: quando vou ao terreiro costumo me preparar antes. Dentro do terreiro, através dos pontos cantados, do atabaque sinto a presença dos guias espirituais. Nesse caso, é a psicofonia. Os guias incorporam e dão consultas e orientações aos seus pupilos.

     Na sessão espírita: meu desenvolvimento foi na casa espírita. E recebia espíritos através da psicografia principalmente. Agora, a psicografia vem por outros caminhos: durante a prece em minha casa, ouvindo música, etc. 

   Nas casas: é muito comum quando vou à casa de alguém e começo a sentir coisas- arrepios, bocejos, mal estar ou bem estar, paz e sensação de presença.

   Na meditação: sinto a presença de bons espíritos ,porque a mente está serena e limpa.

  No cemitério: moro próximo a um cemitério. E quando vou ao cemitério costumo sentir energias diferentes e vejo os espíritos. 

 Comento sobre isso porque é com o hábito, o estudo e a disciplina que podemos desenvolver a mediunidade. Se você está começando agora não tenha medo dos sintomas. Converse com alguém que possa lhe ouvir sem pré-julgar ou achar que está louco ou com o demônio no corpo. O ideal é ter o apoio da família quando existe um médium em desenvolvimento. A eclosão da mediunidade às vezes vem com uma série de sintomas, mas nem sempre isso é ruim. Quando a pessoa começa a desenvolver os sintomas desagradáveis desaparecem por completo.

 Se você está no início evite praticar a mediunidade em casa ou falar sobre religião em rodas de barzinhos, reuniões, etc. Falar sobre religião atrai polemica. Os maus espíritos adoram conflitos e confusão. Não tente convencer ninguém a pensar como você. Como diz o ditado: "futebol, religião e política não se discute." No entanto, se alguém quiser sua opinião sobre determinado assunto ouça com atenção. A Espiritualidade Maior vai lhe influenciar para que saiba orientar essa pessoa. Mediunidade é coisa séria. Não faça dela uma brincadeira para impressionar os amigos e a família. Não interfira na vida alheia sem ser consultado só porque é médium. Existem lugares próprios para a prática mediúnica: centro espírita, terreiro de umbanda, terreiros de candomblé. Alguns médiuns podem reencarnar com tarefas próprias em determinados segmentos religiosos.

    Vocês não imaginam como os espíritos interferem em nosso dia a dia: todo o tempo. Todas as pessoas são influenciadas por espíritos o tempo todo-seja dos vivos ou  dos desencarnados.

   Somos influenciados por uma série de energias que nos bombardeiam a mente como se fossem fagulhas de ideias, impressões e emoções. Observe como se sente quando assiste um determinado filme. A visão, o som, as cenas despertam sua mente. Seu cérebro é agitado por uma série de estímulos dependendo do tipo de filme.

  Há um mês assisti pela quarta vez ao filme Cidade dos Anjos com minha neta. Nós duas ficamos conversando sobre anjos e dando risada. De repente, senti uma leveza no quarto e uma sensação muito boa. Foi tão boa essa sensação que até agora não consegui senti-la de novo. Esse filme me despertou emoções positivas. Minha netinha gostou também e começamos a falar de assuntos leves e engraçados. Nossa freqüência vibratória atraiu energias semelhantes invadiram o quarto. Foi muito bom!

  Mesmo que você não acredite em espíritos eles estão por aí e você também tem mediunidade. Cada um tem em determinado grau. Uns nascem com uma missão mais determinada e forte para ajudar a si mesmo e aos outros. Alguns têm sensibilidade mediúnica em certa época da sua vida e depois nada mais sentem. Isso não significa necessariamente que os espíritos tenham se afastado.

 Ainda tenho muitos comentários de internautas para responder. Por favor, tenham paciência porque gosto de responder cada um. Aprendo com todos eles.

  E, baseada nesses comentários resolvi escrever esse texto com alguns temas mais enxutos.

  Mito e verdade – sobre o dom da mediunidade.

  A mediunidade é própria dos espíritas-mito.

  A mediunidade é um dom de se comunicar com pessoas que já partiram desse mundo seja através da vidência, da audição, incorporação e independe da religião. Todos nós podemos ser instrumentos dos espíritos mesmo sem perceber. No entanto, o controle do livre arbítrio é nosso. Um espírito mal pode tentar nos influenciar para a maldade, mas se nos mantermos firmes na oração, na fé e na boa conduta podemos ser influenciados, mas não derrubados.

A mediunidade pode provocar doenças mentais e físicas-mito.

A mediunidade mal usada pode provocar doenças mentais e físicas- verdade.

   Nem sempre o desabrochar da mediunidade é cheio de dor, mal estar, mas depende muito de como a pessoa vê esse dom. O que algumas pessoas pensam ser loucura ou problema mental pode ser apenas um dom que precisa ser aflorado.

  O médium sofre demais – mito.

 Ainda ouço muito essa lenga lenga que me dá nos nervos. Qual é o ser humano que não sofre nesse mundão de Deus? O sofrimento faz parte do nosso processo evolutivo assim como a alegria e a esperança. A mediunidade é uma ferramenta a mais para o médium aprimorar seu caráter e virtude. Se por caso um médium ostensivo sofre demais é por conta da sua conduta e de problemas que ele próprio atraiu nessa vida ou em vidas passadas. Esse dom é luz e caridade. Alguns ficam com medo porque comentam que Chico Xavier sofreu muito na Terra. Sim, mas além de médium ele era um homem com qualidades e defeitos. Ele foi um vitorioso, porque apesar das suas dores cumpriu  sua missão. E, mesmo na dor teve o apoio dos amigos encarnados e desencarnados. Quem leva luz aos outros- atrai cada vez mais luz para si!

 O médium é uma pessoa especial e boa-mito.

 O médium é um ser humano diferenciado sim, porque o médium ostensivo tem a sensibilidade aguçada. Pode ver e sentir – o que outras pessoas não sentem. No entanto, é um ser humano como qualquer outro. Acerta e erra. Sofre e chora como qualquer pessoa. Já conheci muitos médiuns de conduta moral não tão positiva, mas que eram ótimos instrumentos. Todos nós , médiuns ostensivos ou não, viemos para a Terra para aprendermos a ser bons. E todos nós somos especiais para Nosso Criador.

O médium que não desenvolve a mediunidade pode adoecer – verdade.

Uma ressalva.Cada caso é um caso. Às vezes, o dom desabrocha de forma maravilhosa, mas se a família não acredita e não apóia essa pessoa pode  adoecer. Não sabe o que está acontecendo com ela e pode vir a ter problemas físicos e psicológicos. Se o médium tem uma tarefa e não cumpre – poderá ser ou não cobrado por isso na Espiritualidade. Geralmente, a mediunidade – é uma tarefa para adiantamento moral do próprio médium. Se ele não a leva a sério pode sim adoecer e atrair espíritos zombeteiros, sofredores, etc. Enxada sem uso enferruja.

 O médium não pode cobrar por seu dom-verdade.

  Se a mediunidade depende dos espíritos desencarnados  e se não tiver espírito? Há muita polemica sobre esse assunto, mas em alguns países a mediunidade é vista como um trabalho. Na Rússia, por exemplo, existem muitos consultórios onde médiuns cobram por suas curas, psicofonia, etc.

  Acho que fica complicado cobrar por algo que não depende de você. No entanto, não julgo quem cobra. É um assunto que precisa ser muito estudado.

  Fazer da mediunidade uma profissão pode ser perigoso para a saúde mental, espiritual e emocional principalmente se a ambição fizer parte da vida do médium. Os espíritos bons podem se afastar e ele se transformar em joguete dos espíritos maus. Talvez nem tanto pelo dinheiro em si, mas porque o médium começa a atuar por conta de outro objetivo: o de enriquecer às custas do próprio dom.  A mediunidade é um dom espiritual- os bons espíritos costumam velar pela beneficiência pura e pela fraternidade. Fazer da mediunidade um negócio pode não ser uma boa iniciativa. Sim, o médium pode trabalhar para sua prosperidade. No entanto, fazer da mediunidade um fim em si mesmo somente para ganhar dinheiro tem outro nome: charlatanismo. Por que? Ele pode continuar médium mas ser apenas instrumento de espíritos ruins, inferiores e zombeteiros. Ou então seu guia se afasta e ele começa a fingir para conseguir seu objetivo: ganhar dinheiro, ambição, vaidade. O objetivo da mediunidade deve ser principalmente a corrigenda do médium, sua reforma íntima. Ele deve ser sempre o primeiro a aprender com as mensagens que psicografa ou com as psicofonias que apresenta. Fazer o Bem com a mediunidade é muito bom mas se ele mesmo não aprender com seu dom - parte do seu progresso espiritual ficará paralisada.


  No entanto, já conheci vários médiuns que cobravam por suas incorporações e seguem saudáveis. Como explicar isso? Não sei.

  Devemos ter cautela.
    
  Não existe mediunidade sem a presença de espíritos encarnados. Os bons espíritos querem fazer o Bem e quando há dinheiro nisso – acho que fica muito complicado. Vamos supor-Fulano cobra para psicografia de desencarnados. Aí, a pessoa vem, paga a consulta e a mensagem não vem. Como fica isso? O dinheiro é devolvido?

  O ideal é que o médium tenha um trabalho de onde possa tirar seu sustento e dedique algum tempo ao seu dom. O exercício da mediunidade é um dom muito lindo que traz saúde, alegrias e orientação espiritual. A mediunidade é luz e espiritualidade! Não é dom para lhe sobrecarregar ou tomar todas as suas horas. 

 Atualmente, alguns médiuns escritores cobram por seus livros, mesmo os psicografados. Outros costumam usar o dinheiro da venda dos seus livros para o benefício de pessoas enfermas, entidades filantrópicas, etc. 

 Alguns livros são em parte inspirados pelos espíritos mas também tem muito da própria inspiração do médium. Cabe ao escritor decidir sobre isso de maneira conscienciosa através do contato com o seu próprio mentor.

Esse tema ainda tem "muito pano para a manga!"

E vai continuar!


  
Sandra