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segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Todos nós somos médiuns!



Contato com os desencarnados





    Você sabia que todos nós temos mediunidade em maior ou menor grau? E podemos sim sentir a sutileza da presença dos anjos, dos espíritos de luz, assim como a presença difícil de um espírito sofredor.

   A mediunidade não é um dom garantido só para quem é espírita. Mesmo aquele que é ateu, evangélico, católico, etc, pode sentir a presença dos espíritos.  Isso não quer dizer que acreditem que eles existam.

  Recebo muitos e muitos e-mails de pessoas de variadas faixas etárias, profissões e diferentes religiões. Algumas acusam sentir arrepios, pressentimentos, sensação de presença. Outras em alguma fase de sua vida vêem vultos e tem sonhos premonitórios. Muitos são jovens que ficam confusos e acham que estão ficando loucos. E profissionais mal orientados acabam receitando medicação anti psicótica para um sintoma que se chama: mediunidade. É óbvio que mentes perturbadas, doenças mentais podem atrair também obsessões espirituais graves. Aí, a pessoa precisa ser tratada pela psiquiatria e também pelo atendimento espiritual. Há de se atuar com as duas linhas. 

 A mediunidade só é possível com a presença de espíritos desencarnados. A clarividência, o dom da profecia, pode ser passada através de um espírito ou não. Ou é um dom peculiar da pessoa que tem facilidade de se desdobrar quando dorme e pode ver o tempo de outra forma.

 A maioria das pessoas sente medo da mediunidade, porque acha que pode ser coisa do demônio ou então que é algo ruim. Medo de perder o controle sobre si mesmo. Medo de ser atingido por maus espíritos. Muita coisa fruto de filmes de terror ou de preconceito ou falta de informação. Medo do desconhecido. 

 Muitas pessoas vivem muito bem até acontecer algo muito grave em suas vidas. Minha mãe perdeu meu irmão Silney com três dias de vida. Era o filho homem. Gravidez planejada, esperada. O parto foi a fórceps. Meu irmãozinho nasceu com o coração doente e inchado.

 Eu me lembro dessa fase; era muito pequena. Minha mãe ficou inconsolável. A depressão pós-parto foi muito grave. Ela mal saía do quarto e quase não se alimentava. Seu estado emocional e espiritual estava muito frágil. Ouvia ruídos estranhos, batidas na porta. Vultos passavam. Vozes gargalhavam enquanto ela se encolhia de medo.

  Minha mãe ficou desesperada. Fomos à casa de uma médium muito respeitada na cidade. Ela sempre reunia os amigos, as pessoas necessitadas para uma sessão espírita às segundas-feiras. Meu pai pensou que minha mãe ia morrer de depressão.

  A médium tinha dons de psicofonia (incorporação de espíritos), clarividência e também ouvia os espíritos. Ela viu meu irmão Silney com doze anos de idade. Usava uma bermuda cor marrom e mostrava uma faixa escrita Parabéns. O aniversário da minha mãe estava próximo. Minha mãe esboçou um sorriso. O primeiro depois que teve meu irmãozinho. Voltou mais animada para a casa. Sua mediunidade aflorou. Escrevia lindas poesias inspiradas pelos espíritos. Depois de algum tempo engravidou novamente da minha irmã Suely e depois veio o Sidney.

    Por que minha mãe teve que passar por aquela obsessão espiritual? Não sei. Geralmente, são os espíritos atrasados que mandam sinais como: ruídos, sons, arrastar de correntes, risadas, etc. Podem ser liderados  por entidades de luz, mas para que? Para despertar as pessoas que dormem no sono da ignorância. A pessoa se sente incomodada com os sons estranhos, a insônia, os ruídos e procura ajuda espiritual. Uma pessoa deprimida, pessimista pode também ser alvo de espíritos maldosos. 

  A pessoa atormentada procura uma casa espírita onde assiste palestras e toma passes. Sente-se reconfortada. Sua freqüência vibratória melhora. E sai do padrão mental dos maus espíritos. Ou então ocorre o despertar da mediunidade. E, com o desenvolvimento do seu dom, a paz chega em seu lar e a saúde volta. O dom ostensivo precisa ser desenvolvido porque geralmente foi combinado no plano espiritual antes da reencarnação. 

 Outras pessoas procuram igrejas evangélicas, católicas, messiânicas. Não importa. O que importa é a volta da paz interior. É o entendimento que existe um poder superior que tudo vê e tudo sabe. É o conhecimento de que não estamos jogados nesse mundo. Órfãos. Abandonados. 

 Algumas pessoas perdem famílias inteiras em acidente e depois de alguns dias conseguem voltar à vida normal. Aceitam resignadamente a aparente perda dos familiares. Como explicar isso? Outras após um reves financeiro tentam o suicídio ou então ficam revoltadas. Cada um tem sua maneira de reagir às provações terrenas.

  A maioria das pessoas que perde um ente querido corre aos centros espíritas em busca de notícias, de alívio ao seu coração. Meu pai era militante espírita e estudava a doutrina espírita com amor e carinho. No entanto, em 84 anos de vida só recebeu uma mensagem do meu vô Manoel. Ele se queixava, às vezes, de não lembrar de nenhum sonho. E de não ter mediunidade. Queria ver meu avô, pois tinham sido muito amigos. No entanto, por uma razão que não o sabemos não conseguiu realizar esse sonho quando encarnado. Sim, os espíritos protetores o envolviam quando fazia uma prece ou quando fazia um pedido. No entanto, seu dom era tão sutil que meu pai nem se apercebia quando era inspirado. E falava muito bem. Tinha uma linda intuição para conversar. Sim, ele era agraciado pela mediunidade mas de um jeito muito especial. Muitos escritores são médiuns e não o sabem. Muitos compositores e atores. A mediunidade é a ponte entre duas dimensões. O correio entre o céu e a Terra. 

   Uma mensagem psicografada pode ser uma benção para uma mãe enlutada. Para um marido apaixonado ou uma filha desesperada pela perda da mãe. No entanto, tudo tem sua hora certa. Algumas pessoas nem vão aos centro espíritas e, de repente, quando acordam dão de cara com seu ente querido. Ou então tem um sonho revelador. Ou mesmo um recado espontâneo. Ou sentem a presença do filho amado. Sem a presença de médiuns especiais ou mesmo de recados especiais. 

 Muitos  espíritos desencarnados dormem por dias e até meses para se recuperar de uma doença grave e limitante. Outros não aceitam a morte e passam muito tempo pelo umbral queimando sua revolta.

 A morte é uma verdade certeira na vida. Não há como fugir disso.

Ninguém está preparado para aceitar o desencarne.

No entanto, com uma vida útil e proveitosa você, aos poucos, se prepara para a nova vida. Não precisa pensar muito nisso, mas também cuidado com o apego.  

Se for médium agradeça a Deus a oportunidade de aprender mais com os espíritos.

Mediunidade é dom divino! Mediunidade é benção!
  
Sandra