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domingo, 30 de outubro de 2016

Abordagem sobre esquizofrenia e obsessão espiritual







    Uma pessoa que está sofrendo de obsessão espiritual pode ouvir vozes e se sentir perseguida.Isso não quer dizer necessariamente, que ela esteja sofrendo de esquizofrenia  ou outro  transtorno psicótico.


  Podem acontecer as duas coisas juntas: transtorno mental grave e também concomitante obsessão espiritual. Nesse caso, tratamento psiquiátrico aliado ao tratamento espiritual com passes, doutrinação do espírito obsessor, podem oferecer resultados positivos.

Atualmente, alguns médicos psiquiatras não consideram transtorno mental ou alucinatório aquele relacionado com o transe natural da incorporação de espíritos em algumas religiões: umbanda, espiritismo, candomblé, por exemplo.É necessário levar em conta a religião da pessoa para fazer o diagnóstico diferencial.

    A origem da esquizofrenia ainda não tem evidências exatas, mas se trata de um severo transtorno cerebral e mental. A esquizofrenia é um transtorno que pode acometer pessoas jovens em torno dos 15 até 30 anos aproximadamente. Em alguns casos pode se iniciar em adultos de até 45 anos. Pode começar insidiosamente e a família não se dar conta disso.O jovem pode ter dificuldades de concentração , desinteresse pelos estudos e desleixo na aparência. Tendencia a ficar mais quieto e se isolar dos amigos. Aos poucos, o quadro vai se agravando com delírios e alucinações.O surto pode ser acompanhado de dissociação da realidade onde aparecem os delírios. Os delírios de perseguição causam muito desconforto e aumentam o isolamento da pessoa.

  O uso de drogas como maconha, cocaína, pode piorar o quadro da esquizofrenia. Ou mesmo provocar a doença em jovens predispostos por questões ambientais ou genéticas.

  O tratamento é medicamentoso e psicoterápico. Com o apoio da família, terapia medicamentosa e psicoterapia a pessoa pode ter uma vida normal. Quanto mais tarde o início da doença, mais aumentam as chances de recuperação.

Acrescento ao texto uma brilhante explicação sobre o tema de Doutora Marlene Nobre e o Dr. Sérgio Felipe Oliveira:


NEM SEMPRE É ALUCINAÇÃO

(matéria publicada na Folha Espírita em junho de 2004)
A Folha Espírita transcreve entrevista da Dra Marlene Nobre (Presidente da AME-Brasil e AME-Internacional) à revista Psychic World e realiza entrevista com o Dr. Sérgio Felipe Oliveira (AME-SP), psiquiatra.


Psychic World 

– Dra. Marlene, gostaria de colocar uma questão crucial para você, sobre o que é comumente chamado de esquizofrenia. Hoje, quando alguém ouve vozes é tido como esquizofrênico, recebe fortes sedativos e, freqüentemente, é internado em hospitais de unidades psiquiátricas, registrado como mentalmente instável. Uma definição praticamente irreversível e para o resto de sua vida. De fato, freqüentemente, não o é de verdade e não recebe tratamento... mas recebe, por períodos indefinidos, sedativos que fazem estragos. Acho isso uma situação intolerável... O que você me diz sobre isso?

Marlene Nobre

– Bem, o que ocorre, infelizmente, no curso médico, na prática médica, é algo que realmente não se compreende muito bem. Por quê? Porque a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que saúde é o estado de completo bem-estar do ser humano integral: biológico, social, ecológico e espiritual. Então, saúde é definida pela OMS como sendo o equilíbrio entre fenômenos orgânicos, psíquicos, sociais e espirituais. No entanto, na prática, os médicos não consideram todos esses fenômenos, mas tão somente os orgânicos ou biológicos. Podemos perguntar, em qualquer país, o que ensinam as escolas de medicina e constataremos que os médicos não são alertados para os problemas psicológicos e espirituais do paciente, eles restringem-se às reações orgânicas, como se o ser humano fosse reduzido tão somente ao corpo físico. Embora o Código Internacional de Doenças (CID), que é conhecido no mundo todo, no número 10, questão F 44.3, contemple a existência dos estados de transe, fazendo a distinção entre os normais, os que acontecem por incorporação ou atuação dos espíritos, dos que são patológicos, provocados por doença, a maioria dos médicos não leva isso em consideração. No Tratado de Psiquiatria de Kaplan e Sadock, um dos mais consultados pelos psiquiatras, no capítulo dedicado ao estudo das personalidades, há também a distinção entre as personalidades que recebem a atuação de espíritos e as dos outros que são doentes. A Psiquiatria já faz, portanto, a distinção entre o estado de transe normal e o dos psicóticos que seriam anormais ou doentios."


FE – Como distinguir esquizofrenia da obsessão?

Sérgio Felipe de Oliveira – Na verdade, temos de discriminar no diagnóstico qual o papel da obsessão espiritual na doença que a pessoa está vivendo, já que todo transtorno psicótico como a esquizofrenia possui o componente obsessivo-espiritual.

FE – É possível saber em que proporção o processo obsessivo permeia os transtornos psicóticos, como, por exemplo, no caso das esquizofrenias?

Sérgio Felipe de Oliveira

– Nesse caso, a melhor forma é a prova terapêutica. Uma vez acertado o tratamento medicamentoso e psicoterápico, a associação do tratamento espiritual, sobretudo a magnetização e a desobsessão, nos dará a proporção do envolvimento espiritual. Casos em que há uma predominância do fator obsessivo-espiritual, a melhora com a magnetização e desobsessão chega a ser espetacular, trazendo novos horizontes para a Psiquiatria. Nos casos em que há a predominância anímica ou orgânica, a melhora está mais associada à transformação da pessoa ou seu estado orgânico de forma bem caracterizada. Julgamos importante que o médico e o psicólogo que acompanham casos nessa profundidade passem pelo processo de magnetização e desobsessão a fim de se desvencilhar de possíveis envolvimentos com as energias e os obsessores que acompanham o caso."

Texto acima extraído do site:






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